Arquivos 27 de dezembro de 2017

Recesso

Em razão das festividades de final de ano, o IEPRO entrará em recesso a partir das 12h (meio-dia) do dia 28 de dezembro de 2017 (quinta-feira), retornando às atividades normais dia 2 de janeiro de 2018 (terça-feira). 

IEPRO realiza confraternização com os colaboradores

Renovação da fé, alegria e congraçamento. Esses foram alguns dos momentos partilhados entre os colaboradores do Instituto de Estudos, Pesquisas e Projetos da Universidade Estadual do Ceará – IEPRO, em confraternização realizada na tarde/noite da última sexta-feira (22), no instituto. Prestigiaram o evento os professores Fábio Perdigão, presidente do Conselho Deliberativo do IEPRO, e Eddie William, coordenador geral do Cursinho Pré-vestibular da Uece – UeceVest. 

A festa, que teve início com a celebração da missa, presidida pelo Padre Fernando Cabral, apresentou o coral Vozes da Uece, além do DJ Ravick Silva. Na oportunidade, foram distribuídos, por meio de dinâmica, brindes para os colaboradores, e um bingo, que sorteou uma TV de 49′, foi realizado ainda na ocasião.   

Diretor-presidente do IEPRO, Prof. Luiz Carlos Dodt, dando as boas-vindas ao colaboradores antes da celebração religiosa.


Coral Vozes da Uece, sob a regência do Maestro Rodrigo da Costa, bolsista da Pró-Reitoria de Extensão da Uece


 


José Jackson Coelho Sampaio: "Mapa da Intolerância (3)"

José Jackson Coelho Sampaio: “Mapa da Intolerância (3)”

Exige esforço entender a confusa conjuntura financeiro-econômica, político-ideológica e psicossocial que o Brasil vive, a partir do âmago da própria confusão, daí a necessidade de debatermos o que nomeio de Modelo Intolerância, amparado em matriz mista de tipos: a) desconhecimento, insatisfação e desesperança; b) racionalização de reacionarismo e cultura autoritária; e c) produção paradoxal de intenções democrático-progressistas.

A experiência democrática brasileira é superficial e frustra, resumida a 52 anos (1945/1964, 1985/2017), antecedida, seguida e mesclada a ditaduras e golpes oligárquicos. O projeto de ascensão social do povo tem sido aleatório em ritmo e rumo. Envelhece-se, mas há grande base de jovens sem perspectivas e sumiram mitos de realização: seringal acriano, indústria paulista, transamazônicas. Sobra o marketing da modernidade líquida e do empreendedorismo individual, a exigir cultura que não temos. Então, multiplicam-se medos, inseguranças e violências reativas à opacidade.

Capitania hereditária, plantation neofeudal, senzala escravista, concentração de poder e riqueza, mito da vagabundagem inata dos subalternos, volúpia das elites nativas lincadas às elites especulativas internacionais, querem conservar o chicote da Casa-Grande, a religião como ópio, a transição direta do analfabetismo para o vício televisivo e para a babel voluntarista das redes sociais. Recentes e frágeis conquistas humanas, sociais e políticas sofrem golpes mortais. Os beneficiados, sem consciência crítica do jogo jogado, nem se movem para a defesa.

O espírito messiânico dos que lutam pela ampliação de direitos cai na ânsia crescente de conquistas, transformando-as em privilégios de setores das classes médias urbanas, sem contrapartida de deveres e ética do compromisso. Acumulam narcisisticamente, protegem os direitos adquiridos e violentam os direitos dos outros. Um grupo empoderado lincha o outro, atropelando a humanidade deste e o devido processo de defesa. Assim avança a intolerância.

 

(publicado em O Povo – 26/12/2017)

 
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